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Estado de Minas

Policial com fantasias canibais é condenado por assassinato na Alemanha


postado em 01/04/2015 11:25

Um policial alemão foi condenado nesta quarta-feira a oito anos e meio de prisão por ter matado e esquartejado um homem, ao que parece a pedido da própria vítima, a quem havia conhecido em um site dedicado ao canibalismo, informou um tribunal de Dresden (leste).

"Foi considerado culpado de assassinato motivado pelo desejo sexual e de ter ultrajado o descanso dos mortos", anunciou a presidente do Tribunal, Birgit Wiegand.

Durante a leitura da sentença, Detlev Günzel, vestido com uma camisa rosa, permaneceu impassível com os braços cruzados.

Antes havia sorrido brevemente em direção à filha, que acompanhou o julgamento.

Detlev Günzel, de 57 anos e com três filhos adultos, assassinou Wojciech Stempniewicz, um homem de 59 anos de origem polonesa, em novembro de 2013, antes de esquartejá-lo.

O Tribunal destacou que o condenado havia esquartejado o corpo de sua vítima no porão de sua casa, transformado em um estúdio sadomasoquista.

Depois o assassino enterrou a vítima no jardim de sua casa, em Hartmannsdorf-Reichenau, uma pequena localidade perto da fronteira tcheca.

Günzel havia conhecido sua vítima um mês antes de assassiná-la em um site dedicado ao canibalismo, que faz alarde por ser o "número um em carne exótica".

Durante o julgamento, a defesa do condenado afirmou que a vítima, que havia expressado sua vontade de morrer, havia se suicidado.

Segundo os advogados, Stempniewicz se enforcou no porão da casa do policial, que depois o esquartejou com uma faca e uma serra elétrica.

Os investigadores declararam no tribunal que não podiam determinar com exatidão as causas da morte devido ao estado de decomposição do cadáver.

A promotoria havia pedido uma pena de dez anos e meio de prisão contra este policial considerado simpático, generoso e amável por seus vizinhos.

Já os advogados da vítima pediram 15 anos de prisão, a pena máxima por assassinato.

No entanto, a promotoria mostrou-se mais clemente, afirmando que a vítima havia declarado há tempos seu desejo de morrer.

"Ele queria que o matassem para que sua fantasia se tornasse real", disse a presidente do Tribunal ao ler o veredicto.

O caso foi revelado em 2013 e era julgado desde agosto passado.

O site especializado na "carne exótica" onde se conheceram permitia criar espaços de conversa para o fetichistas do canibalismo que queriam ir além da simples fantasia.

Günzel, que atuou como policial por 30 anos, filmou um vídeo, classificado de puro horror pelos investigadores.

No vídeo de 50 minutos, transmitido durante a audiência, é possível o condenado murmurar que "nunca pensei que desceria tão baixo".

Günzel começou a chorar quando viu o vídeo.

"Não pretendo ser totalmente inocente. É o maior erro da minha vida, mas não sou um assassino", declarou Günzel.

O caso lembrou na Alemanha o assunto do "Canibal de Rotemburgo", Armin Meiwes, que em 2011 castrou e comeu em parte um berlinês de 43 anos.

Armin Meiwes foi condenado à prisão perpétua.


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