Brooke Burton, a enfermeira de 26 anos que adotou um mini Dachshund, o “salsichinha” Dennis, contou em entrevista ao Correio que não reconheceu a raça do cachorro quando o viu pela primeira vez.
O animal pertencia ao tio-avô dela, um homem que sofre de uma doença incontrolável que o impede de se desfazer das coisas em casa, estado americano de Ohio. Brooke e sua mãe foram ajudar o tio-avô. A enfermeira afirma que passou o dia todo tentando convencê-lo a deixá-la ficar com o cachorro. “Eu soube no momento que vi o Dennis que não sairia sem ele”, lembra.
O "salsicha" passou a receber os cuidados adequados.
Animais de estimação não devem ser alimentados com comida humana, principalmente do tipo que Dennis recebeu, ressalta o veterinário Túlio Maia. Se fast food faz mal para pessoas, para cachorros é bem pior. Alimentação inadequada pode causar problemas cardíacos, hepáticos, na coluna vertebral, diabetes, hipotireoidismo, além de alergias na pele e colesterol alto. "O alimento adequado é mesmo a ração, porque ela tem quantidade balanceada de proteínas, gordura, cálcio e outros nutrientes", afirma.
Dennis passou por três cirurgias após a perda de peso para remover a pele em excesso. “Assim que percebeu que não pisava mais na pele extra, ele começou a correr igual louco!”, disse Brooke. A dona conta que agora ele tem a energia de um filhote e adora brincar.
Para ajudar outros cachorros com obesidade, Brooke criou o fundo “Legado de Dennis” na Universidade Estadual de Ohio. “Fiquei muito surpresa com todo a atenção o amor e suporte que recebi. Quero gerar consciência sobre obesidade animal”, afirma.
Este não é o primeiro caso de salsichinha obeso: no ano passado, o Correio contou a história de Obie, cão da mesma raça que perdeu quase 24 kg. Assim como Dennis, ele também tinha alimentação inadequada.