O Mobile World Congress de Barcelona, que chegou ao fim nesta quinta-feira, foi dominado neste ano pela resposta da Samsung à Apple, pelos debates sobre a regulação da internet, pelos smarphones e pelo futuro do 5G.
SAMSUNG CORRE ATRÁS. Para recuperar sua liderança mundial no mercado de smartphones, ameaçada pela Apple em 2014, a Samsung contra-atacou. O grupo sul-coreano anunciou duas grandes novidades em Barcelona, entre elas o S6 Galaxy Edge, rival direto do iPhone 6 Plus.
APOSTA NO 5G. Mesmo que não chegue antes de 2020 e sem definição precisa, a futura tecnologia 5G foi o epicentro de muitas discussões e estratégias. A chinesa Huawei prevê, por exemplo, investir 600 milhões de dólares em três anos nessa rede, que deve dar suporte à "Internet das coisas". A Europa não quer ficar para trás.
CAPACETE DE REALIDADE VIRTUAL. O grupo HTC lançou seu capacete de realidade virtual Vive, para competir com o Oculus Rift. Os novos modelos estão vinculados a conteúdos presentes nos smartphones, permitindo jogar em games de realidade virtual ou ver vídeos em 360 graus.
LUXUOSOS 'RELÓGIOS INTELIGENTES'. Os 'relógios inteligentes' cada vez se parecem mais aos relógios comuns. Após os primeiros dispositivos retangulares de aspecto digital, a tendência agora de esferas e pulseiras em metal e couro que lembram mais as marcas de luxo. É o caso do modelo Watch Urbane LTE da sul-coreana LG e do Huawei Watch. A Apple, a grande ausente de Barcelona, se mantém fiel a seu design moderno para seu futuro iWatch, aguardado para abril.
A REGULAÇÃO DA INTERNET. A visita do fundador do Facebook Mark Zuckerberg à cidade catalã foi a oportunidade de debater a possibilidade de a internet ser oferecida a duas velocidades -uma muito rápida e paga e outra mais lenta e gratuita- se os provedores puderem modular a banda larga. O presidente do regulador dos EUA de telecomunicações (FCC), Tom Wheeler, defendeu a neutralidade de rede, princípio que vigora no Brasil e garante a mesma velocidade para todos os usuários.
TODO TIPO DE OBJETO CONECTADO. Conectar-se à internet já não é algo restrito a computadores, smartphones e televisores inteligentes. A Johnnie Walker apresentou uma garrafa de whisky que oferece conteúdos suplementares, como receitas de combinados, escaneando um chip. A empresa californiana Bluesmart fabricou uma 'mala inteligente' que promete reduzir o estresse dos viajantes. Ela mesma calcula seu peso e pode ser acompanhada permanentemente com um aplicativo. O futuro da Internet das coisas chega ao presente.