Jornal Estado de Minas

Ataque do Talibã a escola no Paquistão deixa 141 mortos, diz porta-voz militar

Asim Bahwa informou que, entre os mortos, 132 eram crianças e nove eram funcionários do estabelecimento de ensino. Entre os feridos há 121 estudantes e três funcionários da escola

Paquistaneses carregam um estudante em uma maca até um hospital de Peshawar - Foto: A Majeed/AFP
Homens do Talibã invadiram uma escola dirigida pelo Exército na cidade de Peshawar, noroeste do Paquistão, matando pelo menos 141 pessoas. A grande maioria das vítimas fatais era de crianças e adolescentes da escola, onde estudam alunos do ensino fundamental ao secundário.



O primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif condenou o ataque e dirigiu-se rapidamente a Peshawar para mostrar seu apoio às vítimas. No cair da noite, as autoridades declararam que não havia mais militantes no interior da escola.

O porta-voz militar Asim Bahwa informou que 141 pessoas morreram no ataque, das quais 132 eram crianças e nove eram funcionários do estabelecimento de ensino. Ele declarou que a operação estava encerrada e que a área estava desobstruída. Entre os feridos há 121 estudantes e três funcionários da escola.

Bahwa disse que sete homens, todos usando coletes com explosivos, participaram do ataque. Todos morreram durante o confronto com as forças de segurança. Não estava claro se os militantes morreram vítimas dos disparos dos soldados ou se detonaram os explosivos que levavam consigo, afirmou o porta-voz. Segundo ele, a ação dos militantes parece ter tido como objetivo apenas aterrorizar as crianças e não fazer reféns para que posteriormente o grupo pudesse fazer exigências.

"Seu único propósito, parece, era matar aquelas crianças inocentes.
Foi o que eles fizeram", afirmou ele. A autoria do ataque foi assumida pelo Tehreek-e-Taliban, grupo militante que tenta derrubar o governo paquistanês.

O premiê prometeu que o país não será intimidado pela violência e que as Forças Armadas continuarão a agressiva operação lançada em junho para expulsar os militantes da região tribal do Waziristão do Norte. "A luta vai continuar. Ninguém deve ter qualquer dúvida quanto a isso", afirmou Sharif..