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Estado de Minas

Congresso americano evita paralisia financeira


postado em 12/12/2014 10:31

O Congresso americano evitou na quinta-feira uma nova paralisia da administração federal, após um debate no qual vários democratas se rebelaram contra o presidente Barack Obama.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos adotou por volta das 22h00 locais uma lei de finanças válida até setembro, a apenas duas horas do vencimento da anterior. O Senado deve adotar definitivamente este texto até sábado, anunciou o chefe da maioria democrata do Senado, Harry Reid.

O suspense permaneceu até os últimos minutos da votação noturna (219 votos a favor e 206 contra), devido à oposição de boa parte dos democratas, descontentes com a inclusão no último minuto de uma medida que enfraquece a regulamentação financeira imposta aos bancos no âmbito da reforma Dodd-Frank em 2010, que inclui alguns derivados finenaceiros.

"Não vamos votar a favor de uma lei que dá tudo aos grandes bancos americanos!", disse a democrata Maxine Waters.

A chefe da minoria democrata, Nancy Pelosi, se disse aterrorizada e votou contra, apesar da pressão da Casa Branca.

O próprio Barack Obama usou seu telefone para tentar convencer os democratas de que a lei era o melhor compromisso possível neste momento. Além disso, seu braço direito, Denis McDonough, precisou lidar com o grupo democrata durante a tarde no Capitólio. No total, 139 democratas votaram conta, ou seja, dois em cada três.

Os democratas também se opunham a outro artigo incluído no último momento, que, segundo os analistas, multiplicou por dez o limite de doações individuais aos partidos políticos por ciclo eleitoral.

A Casa Branca anunciou que Obama promulgará a lei de finanças com estas emendas.

Guerra, Ebola, Maconha

Apesar do ambiente tenso, o Congresso parece ter virado a página dos confrontos que causaram o fechamento parcial das administrações federais durante 16 dias em outubro de 2013.

Desde o início das negociações deste ano, os líderes parlamentares se comprometeram a não gerar uma nova crise orçamentária.

A única concessão importante aos conservadores do Tea Party se refere à imigração. O Departamento de Segurança Interior, do qual os serviços de imigração dependem, contará com financiamento apenas até 27 de fevereiro de 2015.

A partir dessa data, os republicanos serão majoritários nas duas câmaras do Congresso graças a sua vitória nas eleições legislativas de novembro e têm a intenção de impedir que Barack Obama aplique seu plano de regularização de imigrantes, anunciado em 20 de novembro.

No total, a lei de finanças, de um montante de 1,014 trilhão de dólares, financia quase todo o orçamento federal até 30 de setembro de 2015, entre eles o de agricultura, defesa, assuntos exteriores e luta contra o Ebola.

Essa lei também mantém a proibição de transferir para os Estados Unidos os detidos da prisão de Guantánamo, em Cuba.

E o Congresso, em virtude de seu direito a veto sobre os assuntos da capital federal, impedirá que a cidade de Washington legalize a maconha, embora a medida tenha sido aprovado em novembro em um referendo local.


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