Jornal Estado de Minas

Estudo diz que maioria dos soropositivos não toma antirretrovirais nos EUA

AFP

Setenta por cento das pessoas infectadas com o HIV nos Estados Unidos não controlam o vírus, aumentando o risco de transmissão, revelou um estudo publicado na terça-feira.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos alertaram que a grande maioria, quase 70%, do 1,2 milhão de pessoas infectadas ou não faziam mais tratamento ou não tomavam os remédios regularmente em 2011.

"Há um potencial inexplorado para conter a epidemia através de exames e tratamento aprimoradores, mas estamos perdendo oportunidades demais", disse Jonathan Mermin, diretor do setor dos CDC encarregada da prevenção de HIV/Aids, hepatite viral, DST e tuberculose.

"O tratamento é crucial.

É uma das nossas estratégias mais importantes para conter novas infecções por HIV", acrescentou.

Entre 840.000 pessoas que não tem o vírus sob controle, 66% foram diagnosticadas, mas não têm cuidados regulares, enquanto 20% não sabiam que estavam infectadas.

Segundo a pesquisa, 4% das pessoas infectadas recebiam cuidados, mas não tiveram prescritos remédios antirretrovirais (ARV).

Finalmente, 10% recebiam tratamento, contudo não acompanhavam a infecção.

Os CDC informaram que os ARV podem reduzir significativamente a carga viral, ao ponto de tornar a infecção indetectável.

O tratamento regular e eficaz também pode reduzir o risco de transmissão do HIV em 96%. Mas apenas 30% dos soropositivos nos Estados Unidos tinham o vírus sob controle e recebiam tratamento adequado. Em 2009, cerca de 26% das pessoas infectadas faziam acompanhamento.

Os novos dados também demonstram que a supressão viral aumenta com a idade: dos infectados entre 18 e 24 anos, apenas 13% mantinham o vírus sob controle.

Entre os de 65 anos ou mais, 37% tinham baixa carga viral.

Os CDCs informaram que a principal razão para uma carga viral maior entre as pessoas mais jovens é que quase a metade das pessoas nesta faixa etária não tinham sido diagnosticadas.

Segundo os CDCs, há cerca de 50 mil novas infecções por ano nos Estados Unidos, e a "epidemia continua a ameaçar a saúde e o bem estar de muitos americanos".

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