Uma voluntária espanhola da organização Médicos sem Fronteiras (MSF) será repatriada pelo risco de que possa ter se contaminado com Ebola, enquanto atendia a doentes no país africano, informou nesta quinta-feira o membro do comitê científico governamental de acompanhamento do vírus, Fernando Simón.
"Agora não tem nenhum sintoma.
A voluntária será transferida de Bamako a Madri, cuja chegada está prevista para a manhã de sexta-feira, em um avião médico fretado pela MSF.
Após sua chegada à capital espanhola, a voluntária, "uma mulher jovem" dará entrada no hospital Carlos III, o mesmo centro onde se tratou a técnica sanitária, Teresa Romero, que superou a doença após ser a primeira infectada de Ebola fora da África.
"Será submetida a uma quarentena preventiva para o caso de que apresente os sintomas", acrescentou Simón, que também é o diretor do Centro de Alerta e Emergências Sanitárias do ministério da Saúde espanhol.
A mulher ficará em observação e será isolada "durante um período de 21 dias" até descartar a possibilidade de que está infectada.
Referindo-se à informação dada pela MSF, Simón explicou que a voluntária, cuja identidade não divulgou, poderia ter se furado com uma agulha enquanto cuidava de um doente.
"Ela teve um incidente com uma agulha. Obviamente, é um incidente de alto risco", disse Simón, que admitiu que, dado o tipo de incidente, "a probabilidade de infecção é relativamente alta", embora tenha se recusado a dar um percentual preciso.
No dia 5 passado recebeu alta do hospital Carlos III Teresa Romero, auxiliar de enfermagem que passou um mês internada desde 6 de outubro, em tratamento contra a doença.
Romero se infectou após atender um missionário espanhol afetado pela febre hemorrágica, repatriado de Serra Leoa em 22 de setembro e morto no dia 25.
A profissional de saúde também tinha tratado de um primeiro missionário espanhol repatriado da Libéria, que morreu em 12 de agosto.
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