Dezenas de milhares de italianos se manifestaram neste sábado em Roma contra a reforma trabalhista preparada pelo governo social-democrata de Matteo Renzi.
Convocada pelo sindicato nacional majoritário, o CGIL, o protesto é contra a proposta do executivo italiano que, para reduzir o desemprego e incentivar as contratações, pretende adotar medidas para baratear as demissões e reduzir os direitos e proteções dos trabalhadores nos primeiros anos de trabalho.
Os manifestantes, em sua maioria estudantes e jovens, atravessaram a capital em quatro colunas exigindo uma redução do desemprego juvenil, que atinge atualmente 44%, e uma melhor proteção social durante os primeiros anos de trabalho, que são geralmente temporários e precários.
"Estamos aqui para dizer que a insegurança no emprego não é o nosso destino. Queremos investimentos no nosso futuro", gritavam os manifestantes.
O partido de centro-esquerda de Matteo Renzi está dividido sobre as medidas propostas, especialmente em relação a uma eventual revisão do artigo 18 do Código do Trabalho, que protege os trabalhadores de despedimento sem justa causa.
O protesto deste sábado é a primeira demonstração importante contra o Partido Social-Democrata, historicamente ligado aos sindicatos.