O governo americano diagnosticou seu primeiro caso de contaminação com o vírus Ebola no país - o primeiro fora da África -, informou o Centro de Prevenção e Controle de Doenças nesta terça-feira (CDC, na sigla em inglês).
"Até onde sabemos, este é o primeiro paciente diagnosticado (com Ebola) fora da África", declarou a jornalistas o diretor do CDC, Tom Frieden.
Frieden garantiu haver "risco zero" de que qualquer pessoa tenha sido infectada no voo que trouxe o homem para os Estados Unidos e afirmou que o país será capaz de controlar a doença.
"Não tenho dúvidas de que iremos controlar esta importação ou este caso de Ebola, de forma que não se dissemine amplamente neste país", acrescentou Frieden.
O paciente foi infectado na Libéria e viajou para o Texas, onde está hospitalizado com sintomas já confirmados como um caso de vírus do Ebola, havia informado, mais cedo, à AFP, um porta-voz do CDC.
"Ele se contaminou com a doença na Libéria", disse o porta-voz, acrescentando que não se trata de um funcionário da área de Saúde.
O Hospital Presbiteriano de Dallas havia anunciado que colocou uma pessoa em situação de total isolamento com base em "sintomas e em um histórico recente de viagens".
Esse é o primeiro paciente a ser diagnosticado com Ebola nos Estados Unidos.
Os médicos americanos Kent Brantly e Rick Sacra, infectados na África Ocidental e repatriados para tratamento em seu país, conseguiram se recuperar da doença.
A epidemia de Ebola já deixou pelo menos 3.091 mortos em países africanos, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A febre hemorrágica provoca um amplo espectro de sintomas, incluindo febre alta, vômito, diarreia e hemorragia.
A primeira vítima identificada nessa nova epidemia de Ebola foi um menino de dois anos de idade, contaminado na Guiné em dezembro de 2013.
Desde então, a epidemia se espalhou rapidamente, afetando Serra Leoa, Libéria e Guiné. O sistema de Saúde desses países se encontra em colapso.
Há apenas uma semana, o CDC alertou que a epidemia pode alcançar 1,4 milhão de pessoas até janeiro de 2015, a menos que se aumente drasticamente o volume de recursos para seu controle.
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