Jornal Estado de Minas

Retiram foto de jornalista decapitado de campanha publicitária

AFP

Uma foto do jornalista americano James Foley momentos antes de ser decapitado por extremistas na Síria foi retirada de uma campanha publicitária qualificada de anti-muçulmana em Nova York.

A pedido dos familiares do jornalista, a American Freedom Defense Initiative (AFDI) concordou em tirar a foto de Foley da campanha que busca mostrar "a inutilidade de se distinguir entre muçulmanos 'moderados' e 'extremistas'".

O advogado da família de Foley manifesta em uma carta enviada a Pamela Geller, fundadora da AFDI, que a publicidade "parece transmitir a mensagem de que os membros do Islã são uma perigosa ameaça".

"Esta mensagem é totalmente contraditória com as reportagens e as crenças do Sr.

Foley", destaca a carta.

O diretor do FBI, James Comey, disse na semana passada que já identificou o carrasco dos jornalistas James Foley e Steven Sotloff, cujas decapitações foram filmadas e divulgadas na Internet em nome do Estado Islâmico (EI).

Comey se negou a divulgar se o carrasco é um jihadista de origem britânica.

As decapitações foram reivindicadas pelo Estado Islâmico. Foley morreu em 19 de agosto e Sotloff, no dia 3 de setembro.

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