O objetivo desses encontros é obter algum progresso nas negociações para reduzir as atividades atômicas do Irã em troca do fim de sanções. As conversas estão paradas há meses, e após a data limite anterior de julho não ter sido respeitada, agora espera-se um acordo até 24 de novembro.
Os EUA querem que o Irã reduza o tamanho e a produção das centrífugas, que podem ser utilizadas para enriquecer urânio tanto para o nível necessário para ser usado como combustível em reatores nucleares como para a produção de ogivas nucleares. O Irã argumenta que o programa de enriquecimento de urânio tem apenas fins pacíficos.
A última rodada de negociações nucleares teve início nas Nações Unidas na sexta-feira, trazendo o Irã à mesa de negociações com os EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha. Há indicações de que Washington está tentando uma nova abordagem para quebrar o impasse. Diplomatas disseram à Associated Press no sábado que uma nova proposta dos EUA foca na remoção das tubulações que conectam as centrífugas. Isso poderia abrir espaço para os norte-americanos mudarem a exigência que prevê a redução do número de centrífugas dos atuais 19 mil para não mais de 1.500.
O funcionário do Departamento de Estado afirmou que essa semana é uma oportunidade para progredir nas discussões e que essa é a intenção dos EUA. Ele acrescentou que Kerry e Zarif também discutiram as ameaças apresentadas pelo grupo Estado Islâmico, que capturou áreas no Iraque e na Síria.