O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, manifestou sua "indignação" nesta quarta-feira com a decapitação de Steven Sotloff, o segundo jornalista americano a ser executado pelos "jihadistas" do Estado Islâmico (EI). "Estamos todos indignados com as informações procedentes do Iraque sobre os terríveis assassinatos de civis" pelo Estado Islâmico, "incluindo a decapitação terrível de outro jornalista", declarou Ban Ki-moon na Nova Zelândia.
"Condeno com firmeza todos os crimes desta natureza e me nego a aceitar que comunidades inteiras possam estar ameaçadas por atos tão atrozes", disse o secretário-geral da ONU A situação no Iraque é "abominável", destacou Ban, que pediu aos dirigentes das comunidades religiosas que ajam a favor da "tolerância, do respeito mútuo e da não violência".
Um vídeo difundido pelo EI, cuja autenticidade é analisada pelos Estados Unidos, mostra Steven Sotloff, 31, ajoelhado e de uniforme laranja, ao lado de um homem mascarado armado com uma faca. Desaparecido há doze meses, Sotloff foi sequestrado no dia 4 de agosto de 2013 em Aleppo, na Síria, na zona da fronteira com a Turquia.
Sotloff era um especialista em Oriente Médio e cobria há vários anos o mundo muçulmano. A execução de Sotloff seguiu o mesmo padrão do assassinato do jornalista americano James Foley, degolado por um membro do EI diante de uma câmera, o que chocou o mundo.