Jornal Estado de Minas

Após cessar-fogo, Brasil diz que embaixador voltará para Israel

O embaixador brasileiro foi convocado de volta durante a investida israelense contra Gaza, postura enfaticamente criticada pelo Brasil

Após ter sido retirado do país durante a investida contra a Faixa de Gaza, o embaixador brasileiro em Israel, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, irá voltar ao Oriente Médio.
A notícia, que foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira, vem depois de Israel e a Palestina terem concordado com um cessar-fogo.

“O governo brasileiro confia em que o cessar-fogo contribua para a estabilização da região e permita encontrar um encaminhamento definitivo para o conflito entre Israel e Palestina, com base na solução de dois Estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança”, informou a nota divulgada pela pasta.

O Brasil foi contrário a investida militar e publicou comunicados demonstrando que considerava inaceitável a escalada de violência em Gaza. Em um dos textos, o governo brasileiro condenou "energicamente o uso desproporcional da força” por Israel na Faixa de Gaza. A medida foi criticada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel e gerou polêmica.

Além de um comunicado oficial, a postura brasileira também foi criticada pelo porta-voz da chancelaria que chamou o país de “gigante econômico e cultural e anão diplomático”. A réplica israelense rendeu novas farpas entre os dois países, mas terminou com uma ligação feita pelo presidente israelense Reuven Rivlin à presidente brasileira Dilma Rousseff pedindo desculpas pela colocação do funcionário.

Acordo
Israel e o Hamas chegaram a um cessar-fogo nessa terça-feira (26) na Faixa de Gaza. O acordo foi intermediado pelo Egito.
A medida vai permitir a entrada de ajuda humanitária na região. O acordo prevê também a autorização de pesca, pelos palestinos, até 6 milhas náuticas – antes o limite era 3 – e a retomada das negociações no Cairo.

O mais recente conflito armado entre israelenses e palestinos teve início no dia 8 de julho. Pelo menos 2.100 palestinos e 60 israelenses morreram. (Com informações da Agência Brasil).