"Nunca havia acontecido uma epidemia de tal envergadura.
A epidemia de febre hemorrágica Ebola, que já provocou mais de 1.500 mortos, "explode em países onde os serviços de saúde não funcionam, devastados por décadas de guerra. Além disso, a população desconfia radicalmente das autoridades", completa o especialista.
"É necessário restabelecer a confiança. Em uma epidemia como a do Ebola, não é possível fazer nada sem confiança". O coordenador da ONU na luta contra o Ebola, David Nabarro, advertiu na segunda-feira que o combate à epidemia é uma "guerra" que não está vencida de antemão e que pode durar seis meses.
Piot lamentou a "extraordinária lentidão" das instituições. "A OMS despertou apenas em julho, apesar do alerta ter sido feito no início de março e da epidemia ter começado em dezembro de 2013. Agora assume a liderança, mas é muito tarde", afirmou.
No início de agosto, os especialistas da OMS consideraram que era "ético" fornecer aos pacientes medicamentos experimentais com efeitos colaterais ainda desconhecidos..