A cidade, que está sob controle dos rebeldes, está há semanas sem energia elétrica, água, sinal de telefone e com escassez de alimentos devido aos bombardeios constantes na região. Aos menos quatro soldados foram mortos e 23 ficaram feridos nas últimas 24 horas no leste da Ucrânia, informou o governo.
"O apoio da artilharia russa através da fronteira e de dentro da Ucrânia está sendo usado contra as forças armadas da Ucrânia", disse a porta-voz da OTAN, Oana Lungescu.
Os relatos da presença da artilharia russa dentro da Ucrânia, operada tanto por separatistas quanto pelas próprias forças russas, representam um novo avanço da instabilidade na região. "Desde a metade de agosto, nós temos vários relatos sobre o envolvimento direto das operações russas de defesa aérea, de carregamento e das operações especiais no leste da Ucrânia", afirmou Lungescu.
"Nós também temos visto transferências de grandes quantidades de armas avançadas, incluindo tanques, veículos carregadores blindados e artilharia, para grupos separatistas no leste da Ucrânia. E há semanas temos visto um crescimento alarmante das forças russas em terra e no ar nas proximidades da Ucrânia", acrescentou a porta-voz.
O secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, disse que o que é "ainda mais preocupante" é que o estabelecimento do Exército russo na fronteira coincide com a entrada do comboio com suposta ajuda humanitária no território ucraniano.
"Esta é uma brecha flagrante dos compromissos internacionais russos, incluindo aqueles acordados recentemente em Berlim e em Genebra, e uma violação ainda maior da soberania ucraniana", afirmou Rasmussen. "Isto só vai aprofundar a crise na região, crise que a própria Rússia criou e continua a promover. O desrespeito aos princípios humanitários internacionais levanta ainda mais questões sobre se o real propósito do comboio é ajudar os civis ou reabastecer separatistas armados." (Com Agência Brasil).