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Estado de Minas

Venezuela pressionou Aruba por Carvajal, diz procurador


postado em 29/07/2014 01:07 / atualizado em 29/07/2014 09:51

A libertação do ex-chefe de inteligência da Venezuela pelas autoridades da Holanda durante o fim de semana ocorreu após o governo venezuelano aumentar a pressão econômica e militar em duas ilhas holandesas no Caribe, afirmou o procurador-chefe de Aruba, Peter Blanken.

Blanken disse que navios da Marinha da Venezuela se aproximaram de Aruba e Curaçao no fim de semana, enquanto representantes holandeses discutiam o que fazer com Hugo Carvajal, preso na semana passada a pedido dos EUA, sob a alegação de tráfico de drogas.

"A ameaça estava lá. Nós não sabemos quais eram as intenções, mas eu acho que muita gente em Aruba estava assustada que alguma coisa fosse acontecer", disse Blanken. O procurador acrescentou que a Venezuela ameaçou cortar as conexões aéreas comerciais para as duas ilhas. A petroleira estatal PDVSA também ameaçou abandonar a refinaria de Curaçao, o que colocaria em risco aproximadamente 8 mil empregos, disse.

O ex-chefe de inteligência da Venezuela foi libertado na noite de domingo pelas autoridades holandesas sob a justificativa de estar protegido pela imunidade diplomática. Anteriormente, representantes do governo de Aruba haviam dito que ele não era confirmado como cônsul e, portanto, não tinha direito à imunidade.

Carvajal desembarcou em Caracas na noite de domingo e foi recepcionado pelo presidente Nicolás Maduro. Ele chefiou a inteligência militar da Venezuela durante o mandato de Hugo Chávez e participou da tentativa fracassada de golpe militar conduzida em 1992, quando passou dois anos na prisão com o ex-presidente Chávez.

Annemijn van den Broek, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Holanda, argumentou que a decisão de soltar Carvajal teve como base somente questões legais. Ela confirmou que navios venezuelanos se aproximaram da ilha, mas disse que a Venezuela informou o ministério de que os navios estavam retornando de um exercício naval. "Eu entendo que o povo da ilha teve um senso de urgência, mas nós temos a confirmação de que isso não teve nada a ver com o caso", disse.

Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Venezuela não quis comentar o assunto. Na noite de domingo, Maduro alertou que o governo estava disposto a fazer o que fosse necessário para libertar Carvajal.


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