Blanken disse que navios da Marinha da Venezuela se aproximaram de Aruba e Curaçao no fim de semana, enquanto representantes holandeses discutiam o que fazer com Hugo Carvajal, preso na semana passada a pedido dos EUA, sob a alegação de tráfico de drogas.
"A ameaça estava lá.
O ex-chefe de inteligência da Venezuela foi libertado na noite de domingo pelas autoridades holandesas sob a justificativa de estar protegido pela imunidade diplomática. Anteriormente, representantes do governo de Aruba haviam dito que ele não era confirmado como cônsul e, portanto, não tinha direito à imunidade.
Carvajal desembarcou em Caracas na noite de domingo e foi recepcionado pelo presidente Nicolás Maduro. Ele chefiou a inteligência militar da Venezuela durante o mandato de Hugo Chávez e participou da tentativa fracassada de golpe militar conduzida em 1992, quando passou dois anos na prisão com o ex-presidente Chávez.
Annemijn van den Broek, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Holanda, argumentou que a decisão de soltar Carvajal teve como base somente questões legais. Ela confirmou que navios venezuelanos se aproximaram da ilha, mas disse que a Venezuela informou o ministério de que os navios estavam retornando de um exercício naval. "Eu entendo que o povo da ilha teve um senso de urgência, mas nós temos a confirmação de que isso não teve nada a ver com o caso", disse.
Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Venezuela não quis comentar o assunto.