A Venezuela corre o risco de ficar isolada do mundo, já que as companhias aéreas não podem continuar operando sem pagamento, advertiu nesta segunda-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que exige de Caracas 4,1 bilhões de dólares.
"As companhias aéreas não podem oferecer seu serviço enquanto não houver certeza de pagamento.
"A Venezuela corre o risco de ficar desconectada da economia global", afirmou Tyler, que enviou uma quarta carta ao presidente Nicolás Maduro, na qual pediu uma reunião para tentar chegar a um acordo, segundo o comunicado.
Duas empresas cancelaram suas operações na Venezuela e outras dez promoveram reduções drásticas nos últimos meses diante da falta de pagamento do governo venezuelano, que enfrenta uma escassez de divisas.
Outras companhias, como a espanhola Air Europa, a Aerolíneas Argentinas e a Aeroméxico, aceitaram a proposta venezuelana de parcelar o pagamento das dívidas.
Os serviços aéreos internacionais sofreram uma redução de 49% na Venezuela desde o ano passado, indicou a IATA.
Na Venezuela, onde o governo controla com rigidez o câmbio, as companhias aéreas são obrigadas a vender suas passagens em bolívares e, depois, passar por um longo e árduo processo para conseguir dólares.
Mas em meio à seca de divisas no país com as maiores reservas de petróleo do mundo, os pagamentos no setor quase foram paralisados há um ano, levando as empresas aéreas a suspender voos, reduzir frequências, usar aviões menores e bloquear as vendas de passagens na Venezuela.
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