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Estado de Minas

Corpos de passageiros a caminho da Holanda


postado em 21/07/2014 22:46

O trem refrigerado com os restos de passageiros do avião derrubado no leste da Ucrânia saiu nesta segunda-feira da área da tragédia enquanto aumentavam as pressões sobre Moscou.

O trem que transportava os restos de 280 ocupantes do avião foi autorizado a deixar na tarde desta segunda a estação de Torez, na região rebelde pró-russa do leste da Ucrânia, informou uma testemunha à AFP.

Durante a noite o comboio estava em Donetsk, de onde devia se dirigir a Kharkov, cidade sob controle do governo ucraniano, com uma delegação malaia que recebeu dos rebeldes pró-russos as duas caixas-pretas do avião derrubado.

"Decidimos entregar as caixas-pretas aos especialistas malaios", declarou o "primeiro-ministro" da autoproclamada República Popular de Donetsk (DNR), Alexandre Borodai, para cerca de 150 jornalistas reunidos na madrugada desta terça na sede das autoridades rebeldes.

Os líderes separatistas mostraram aos jornalistas dois objetos de cor laranja, que pareciam ser as caixas-pretas, e os especialistas malaios assinaram um protocolo.

Um especialista malaio agradeceu à República de Donetsk pela entrega das caixas-pretas, que são propriedade da Malásia".

"Vejo que as caixas-pretas estão intactas e apresentam apenas alterações menores", disse.

As caixas-pretas, que trazem as comunicações a bordo e os dados técnicos do voo, não são capazes de revelar a origem do míssil que provavelmente derrubou o avião, que estava a 10 mil metros de altitude.

O movimento separatista também anunciou uma trégua na zona onde o avião foi derrubado, na quinta-feira passada, envolvendo um raio de 10 km em torno dos destroços do Boeing da Malaysia Airlines, para facilitar as investigações.

O presidente Petro Poroshenko também já havia ordenado que suas tropas interrompessem as operações em um raio de 40 km ao redor do local da queda.

A pausa nas hostilidades atende à exigência de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU aprovada nesta segundao que condenou "nos termos mais firmes possíveis" o ataque à aeronave e exigiu que os culpados sejam responsabilizados.

A resolução pede ainda "a todos os países e protagonistas na região", incluindo a Rússia, colaboração plena "com uma investigação internacional completa, minuciosa e independente".

A votação no Conselho ocorreu na presença do ministro holandês das Relações Exteriores, Frans Timmermans, e de seus colegas australiano e luxemburguês, Julie Bishop e Jean Asselborn. A Holanda perdeu 193 cidadãos e a Austrália 27 nesta tragédia que causou 298 mortes no total.

Contudo, o texto não indica nenhuma sanção ou ameaça de sanção aos envolvidos no caso.

EUA pressionam a Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aumentou nesta segunda a pressão sobre a Rússia, insistindo que os insurgentes pró-russos do leste da Ucrânia devem cooperar com a investigação internacional sobre a tragédia.

Obama declarou que Moscou deve intervir para que os separatistas pró-russos parem de manipular as provas no local onde o avião da Malaysia Airlines caiu no leste da Ucrânia, considerando que o "caos que impera na região da catástrofe é um insulto às famílias das vítimas".

A Rússia tem "uma influência direta sobre os separatistas" e o presidente russo "tem a responsabilidade direta de obrigá-los a cooperar com a investigação. É o mínimo que podem fazer", insistiu Obama, quatro dias depois da queda do voo MH17 Amsterdã-Kuala Lumpur.

Os Estados Unidos alegam que o avião foi abatido por um míssil SA-11 disparado de uma zona sob controle de rebeldes apoiados pela Rússia. Mas um general do Estado-Maior do Exército russo, Andrei Kartopolov, negou que Moscou tenha fornecido aos separatistas mísseis antiaéreos.

O general garantiu ainda que um caça ucraniano SU-25 estava a uma distância de 3 a 5 km do avião malaio pouco antes de sua queda.

O presidente russo, Vladimir Putin, alvo de várias críticas e advertências por seu suposto apoio aos separatistas, garantiu que a Rússia fará o possível para alcançar uma solução negociada do conflito na Ucrânia.


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