Jornal Estado de Minas

Investigadores holandeses examinam corpos de vítimas de avião malaio

AFP

Uma equipe de investigadores holandeses examinou nesta segunda-feira os corpos das vítimas do avião malaio a bordo de um trem em Torez, perto do local da tragédia, uma zona controlada pelos separatistas pró-russos, observou uma jornalista da AFP.

Os investigadores, acompanhados por representantes da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), e com o rosto coberto com máscaras, abriram cinco vagões que acreditava-se que eram frigoríficos, mas que aparentemente não eram, já que de dentro deles exalava um forte odor de corpos em decomposição.

Em seu interior, era possível ver sacos mortuários pretos.

"O armazenamento dos corpos é de boa qualidade", declarou, no entanto, Peter Van Vilet, especialista médico legal holandês, responsável pela missão no leste, em uma breve declaração, cercado por 50 homens armados diante da estação de Torez.

A delegação anunciou posteriormente que se dirigia ao local do acidente.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, declarou que o objetivo de seu país é levar os corpos ao território ucraniano controlado por Kiev, preferencialmente à grande cidade vizinha de Kharkiv.

"Os separatistas disseram que os observadores internacionais devem estar presentes quando o trem sair. Os especialistas holandeses são observadores internacionais, podem desempenhar este papel", acrescentou Rutte.

A Ucrânia defende que a Holanda coordene a investigação internacional sobre o voo MH17, provavelmente derrubado por um míssil, e está disposta a enviar a Amsterdã os corpos das vítimas para que sejam submetidos a necropsias.

"Encontramos 272 corpos, 251 deles já estão em um trem frigorífico. (...) Estamos dispostos a enviar todos os corpos a Amsterdã" para que sejam submetidos a uma necropsia e a todas as análises independentes necessárias, indicou o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, em uma coletiva de imprensa.

Das 298 vítimas, 193 eram holandesas.

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