Armas químicas como o cloro foram utilizadas de "maneira sistemática" na Síria, segundo um relatório preliminar da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), que investiga o uso deste produto em vários ataques denunciados.
O documento não foi divulgado de maneira pública, mas o representante dos Estados Unidos na OPAQ, que tem sede em Haia, citou vários trechos durante uma reunião.
As provas obtidas pela equipe de inspetores da OPAQ concluem que "agentes químicos tóxicos, provavelmente agentes irritantes para as vias respiratórias, como o cloro, foram utilizados de maneira sistemática em um determinado número de ataques".
O relatório considera que as acusações "não podem ser descartadas como alheias, aleatórias ou de uma natureza atribuível apenas a motivos políticos".
A OPAQ indicou em um comunicado que as provas obtidas reafirmam a tese do uso de "agentes químicos tóxicos, provavelmente agentes irritantes para as vias respiratórias, como o cloro" na Síria.
Quase 8% do arsenal químico sírio permanece no país, segundo a OPAQ, que reiterou que Damasco ultrapassaria a data limite de 30 de junho sem destruir a totalidade de seus agentes químicos.
A investigação sobre o uso de cloro foi anunciada no fim de abril, depois da denúncia de França e Estados Unidos sobre o uso da substância pelo regime sírio em ataques contra redutos rebeldes.
.