Com cartazes com frases como "Reis nunca mais, referendo", "Os Bourbon às eleições", ou "Transição real...
Dezenas de milhares de pessoas atenderam à convocação de diversos partidos políticos e organizações de esquerda, que organizaram mobilizações em cerca de 40 cidades espanholas e em várias capitais europeias.
Juan Carlos "teve seu momento, mas agora é um pouco arcaico, um pouco inútil", e representa "um grande custo, principalmente na situação de crise que vivemos", afirmou Paula Torrija, terapeuta ocupacional de 24 anos.
"Acho que seria um bom momento para começar a república", destacou a jovem.
"Estou aqui porque quero eleger meu chefe de Estado. Tenho 25 anos e não vou esperar outros 40", criticou Daniel Martín, estudante de Sociologia da Universidade Complutense de Madri.
"Temos que mudar já", acrescentou o jovem, que não acredita que o príncipe Felipe tenha qualquer legitimidade para o trono da Espanha.
"Mais que a legitimidade do rei, o que não entendo é a legitimidade do príncipe. É filho de seu pai, e ponto. Ele não tem legitimidade. O rei pelo menos tinha legitimidade pela transição", ressaltou, referindo-se ao fim da ditadura franquista, em 1975.
Naquele momento, ele "foi útil", segundo Martín. "Mas depois, não", concluiu o estudante. .