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Estado de Minas

Inundações históricas nos Bálcãs deixam 47 mortos e milhares de desabrigados


postado em 19/05/2014 11:46

Pelo menos 47 pessoas morreram e milhares foram obrigadas a abandonar suas casas na Sérvia, Bósnia e Croácia, países afetados pelas inundações mais graves em mais de um século.

Na Sérvia e na Bósnia quase 50.000 pessoas foram obrigadas a abandonar áreas afetadas pelas inundações.

Na Croácia, onde as tempestades afetaram a região leste, uma pessoa morreu e 15.000 estão desabrigadas. As escolas permaneceram fechadas nesta segunda-feira no país

"O que aconteceu é algo que ocorre uma vez a cada mil anos, não cem, mas mil anos", afirmou o primeiro-ministro sérvio, Aleksandar Vucic.

Até o momento, os esforços das equipes de resgate estão concentrados no rio Sava, que nesta segunda-feira deve atingir o maior nível histórico.

Algumas pessoas, com pás, enchiam sacos de areia. Outros voluntários colocavam os sacos nos locais mais vulneráveis, ao longo dos 12 quilômetros que o rio Sava percorre na capital.

Mais de 300.000 sacos de areia foram cocolados ao longo do rio Sava na capital sérvia, informou o prefeito de Belgrado, Sinisa Mali.

"Aqui, a água está a dois metros dos diques e o nível aumenta 2 cm por hora. No momento, a situação está sob controle", disse o prefeito.

Os diques criados por milhares de voluntários ao logo do rio Sava e ao redor da central de energia elétrica Nikola Tesla conseguiram conter a água no domingo, segundo o canal de televisão estatal RTS. Nesta segunda-feira, o dia estava seco e o nível dos rios menores começou a baixar.

A central, perto de Obrenovac, uma das cidades mais afetadas e que produz 50% da energia elétrica consumida no país, estava cercada de água.

O ministro da Energia, Aleksandar Antic, disse que a defesa do local era "crucial" para a estabilidade do sistema energético sérvio.

Na Sérvia, muitas pessoas foram abrigadas em centros coletivos, sobretudo em Belgrado, sob a supervisão de voluntários da Cruz Vermelha e de psicólogos.

O tenista sérvio Novak Djokovic - que chamou as inundações de "catástrofe bíblica" e apelou por ajuda da comunidade internacional - anunciou que doará às vítimas a totalidade do prêmio de 700.000 euros que recebeu ao conquistar o Masters 1000 de Roma, segundo a imprensa local.

Na Bósnia, onde um terço do território está debaixo de água, surge uma nova ameaça. Com os deslizamentos de terra, as autoridades advertiram sobre possíveis deslocamentos dos campos de minas terrestres da guerra que aconteceu entre 1992 e 1995.

O número de minas é calculado em 120.000.

Os painéis que indicavam as áreas com minas também foram destruídos.

Samac (nordeste da Bósnia), onde quase todos os 26.000 habitantes foram retirados em botes infláveis e helicópteros, permanecia inundada nesta segunda-feira, assim como dezenas de localidades desta região do país.


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