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Estado de Minas

Turquia: assistente do primeiro-ministro espanca manifestante


postado em 15/05/2014 16:37

A Turquia ficou abalada nesta quinta-feira com uma foto que mostra um conselheiro do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan espancando um manifestante da cidade de Soma (oeste), onde mais de 300 mineradores foram mortos num acidente ocorrido na última terça-feira.

O regime islâmico-conservador de Erdogan - que foi atingido mais uma vez por essa catástrofe industrial, a mais grave já ocorrida na Turquia - permanece em silêncio sobre o escândalo, que causou furor nas redes sociais.

As redes sociais são alvo da ira do primeiro-ministro, que em março tentou bloquear o acesso ao Twitter e ao Youtube no país. O Twitter já foi normalizado, mas o Youtube continua bloqueado.

A atitude violenta do conselheiro, chefe de gabinete de Erdogan, contra um manifestante jovem mantido no chão por dois soldados provocou uma onda de críticas.

Yusuf Erkel admite ter perdido o controle contra o manifestante.

"Ele me agrediu e insultou a mim e ao primeiro-ministro. Era pra eu ficar quieto?", retrucou Erkel em declaração dada ao jornal Hürriyet.

A revolta tomou conta de Soma nesta quarta-feira durante a visita de Erdogan. Vaiado, o primeiro-ministro, no poder desde 2002, é acusado de colocar a rentabilidade e os lucros acima da segurança dos mineiros. O carro que levava Erdogan foi chutado e o chefe de governo teve que se esconder num mercadinho por alguns instantes. Cercando o aparato de segurança, muitos manifestantes pediam sua saída do poder.

Um vídeo, que circulou no Facebook e no Twitter, mostra o primeiro-ministro, conhecido por seus acessos de raiva, xingando alguém em plena multidão.

Os sites da oposição afirmaram inicialmente que Erdigan teria dado um tapa numa jovem que o teria chamado de "assassino". Os opositores mudaram de versão logo depois, dizendo que Erdogan teria, na verdade, puxado um menino pela gola da camisa. Uma informação que não pode ser verificada oficialmente.

A tragédia dos mineradores que deixou pelo menos 282 mortos, aumentou a cólera social contra o governo de Erdogan, já abalado por uma onda de manifestações em junho e julho de 2013.


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