O secretário americano de Estado, John Kerry, negou energicamente nesta segunda-feira ter classificado Israel de "Estado de apartheid", após boatos sobre uma declaração neste sentido formulada durante uma reunião privada em Washington.
"Jamais declarei - de forma pública ou privada - que Israel é um Estado de apartheid ou que tenha a intenção de sê-lo", disse o chefe da diplomacia americana em uma enérgica declaração, após pedidos para sua renúncia.
"Tenho experiência suficiente para saber que as palavras podem ser mal interpretadas, mesmo quando ditas de forma involuntária, mas se pudesse rebobinar a fita, teria escolhido outra palavra", admitiu Kerry.
Segundo o site americano de notícias "The Daily Beast", ao falar sobre a necessidade da criação de Estado palestino independente Kerry teria dito que "um único Estado vai acabar se transformando em uma Estado de apartheid, com cidadãos de segunda classe, ou vai terminar destruindo a capacidade de Israel em ser um Estado judeu".
O ministro israelense dos Transportes, Israel Katz, condenou com veemência as declarações do secretário de Estado: "Que vergonha, Kerry! Há palavras que não podem ser usadas".
"Neste dia de memória nacional do Holocausto, o secretário de Estado americano nos descreve como um Estado de apartheid; nós, o Estado submetido a ameaças de destruição...".
