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Estado de Minas

Espanha reforçará fronteiras de Ceuta e Melilla para frear imigração

Territórios espanhóis no continente africano são alvos fáceis para invasões. Governo é criticado por violência em ações de contenção


postado em 25/04/2014 16:01 / atualizado em 25/04/2014 17:09

Imigrantes pulam cerca em quantidades que passam de 500 de uma vez, para dificultar que guardas impeçam ação(foto: BLASCO DE AVELLANEDA/AFP)
Imigrantes pulam cerca em quantidades que passam de 500 de uma vez, para dificultar que guardas impeçam ação (foto: BLASCO DE AVELLANEDA/AFP)

O governo espanhol aprovou nesta sexta-feira reforçar as fronteiras de seus dois enclaves no norte do Marrocos, Ceuta e Melilla, submetidos a uma forte pressão migratória por serem as duas únicas fronteiras terrestres entre a Europa e a África.

De acordo com o texto aprovado pelo governo, o grande número de imigrantes africanos que esperam no Marrocos para entrar na Espanha e as consequências dos recentes ataques em massa em ambos os enclaves obriga "a adoção de determinadas ações para o fortalecimento do sistemas de cercas na fronteira". Estas obras, orçadas em 2,1 milhões de euros, devem "reduzir os ataques e limitar o risco grave e iminente de tais ataques para a vida e integridade física" dos imigrantes e policiais das fronteiras.

Desde início do ano, a pressão migratória sobre as duas cidades aumentou significativamente, particularmente em Melilla, cujo centro de acolhida abriga atualmente 1.800 pessoas, quando sua capacidade é de 480. Somente no mês de fevereiro, mais de 1.000 imigrantes africanos conseguiram atravessar a tríplice cerca da fronteira de sete metros de altura que protege o enclave.

Em várias ocasiões, policiais espanhóis e marroquinos ficaram feridos, além dos próprios imigrantes que, depois de meses de viagem, tentam entrar na Europa. O incidente mais grave ocorreu em 6 de fevereiro, em Ceuta, quando 15 imigrantes morreram ao tentarem entrar a nado na Espanha. A atitude da Guarda Civil Espanhola, acusada de disparar balas de borracha contra os clandestinos, também tem gerado duras críticas contra o governo conservador, que pediu mais ajuda da União Europeia para conter os fluxos migratórios.

À espera deste apoio, Madri decidiu instalar cercas mais densas na fronteira de Melilla e Ceuta para impedir a escalada. Também irá remover uma alça dobrável na parte superior da cerca que servia de plataforma de salto aos imigrantes em Melilla e instalará um portão hidráulico em uma ponte sobre um córrego de Ceuta para impedir o acesso de imigrantes naquele ponto.


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