As cotações do petróleo em Nova York terminaram em equilíbrio nesta quarta-feira, depois de flutuar pelos temores de uma escalada de tensões na Ucrânia e pelo anúncio de um aumento das reservas de cru nos Estados Unidos.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em maio ganhou 1 centavo no New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 103,76.
No início do dia, a crise ucraniana alimentou uma alta dos preços, diante da expectativa de novas sanções do Ocidente à Rússia.
Os investidores temem que as sanções desestabilizem o mercado europeu de energia, já que 30% das importações de gás e petróleo provêm da Rússia.
O avanço do WTI se viu limitado pela publicação do relatório semanal sobre reservas petroleiras nos EUA, que subiram muito mais do que o previsto na semana passada, segundo dados do Departamento de Energia publicados nesta quarta.
As reservas de cru aumentaram em 10 milhões de barris, a 394,1 milhões, na semana concluída em 11 de abril, quando os especialistas entrevistados pela agência Dow Jones Newswires esperavam uma alta média de apenas 1,5 mb.
Já as reservas de produtos destilados (diesel e combustível para calefação) se reduziram em 1,3 mb, a 111,9 mb. Os analistas previam uma queda de apenas 100 mil barris.
Os estoques de gasolina perderam 200 mil barris, a 210,3 mb, muito menos do que o previsto pelos especialistas, que esperavam uma queda de 1,4 mb.
Ao mesmo tempo, as perspectivas de demanda de petróleo no mundo caem com o anúncio de uma desaceleração da economia da China, que cresceu 7,4% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse foi seu nível mais baixo em 18 meses.
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