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Estado de Minas

Opositores da ala radical se manifestam na Venezuela


postado em 12/04/2014 17:46 / atualizado em 12/04/2014 20:11

Manifestante anti-governo lança um rojão de gás de volta contra a polícia durante protesto (foto: REUTERS/Christian Veron )
Manifestante anti-governo lança um rojão de gás de volta contra a polícia durante protesto (foto: REUTERS/Christian Veron )
 

Cerca de 2 mil opositores se manifestaram neste sábado em Caracas, atendendo a uma convocação da líder opositora radical e deputada destituída María Corina Machado, que denunciou a prisão de colaboradores pelas forças de ordem.


Os manifestantes avançaram de três pontos de Caracas, vestindo roupas vermelhas, azuis e amarelas, cores da bandeira nacional, e exibindo cartazes pedindo "Resistência", após mais de dois meses de protestos opositores, que deixaram 41 mortos e 600 feridos.


As manifestações partiram da zona leste de Caracas, e tinham como destino a Praça Venezuela, no centro da capital, dentro do município de Libertador, governado pelo chavismo e pelo qual não puderam transitar alguns mobilizações opositoras.


A passeata foi interrompida quando se aproximava de Libertador, pela guarda e polícia nacionais, o que gerou choques entre manifestantes que lançavam pedras e as forças de ordem, que responderam com gás lacrimogêneo, jatos d'água e a prisão de meia dúzia de jovens.


María Corina denunciou que elementos da Guarda Nacional prenderam "parte da equipe organizadora" quando a mesma tentava instalar um estrado de madeira na Praça Venezuela.


A manifestação foi convocada depois que, na quinta-feira, aconteceu um primeiro encontro entre o presidente socialista, Nicolás Maduro, e líderes opositores, entre eles Henrique Capriles, governador de Miranda, em uma tentativa de pôr fim aos protestos.

(foto: REUTERS/Christian Veron)
(foto: REUTERS/Christian Veron)

Apesar de fazer parte da coalizão Mesa de Unidade Democrática (MUD), María Corina rejeitou o encontro, por considerar que não existem condições para um diálogo com o governo.


Os manifestantes exibiam cartazes questionando o encontro, e exigiam a libertação de 175 opositores presos, entre eles dois prefeitos, e do líder do Vontade Popular, Leopoldo López.


"O diálogo legitima a ditadura, sinto-me traído pela MUD", criticou o universitário Jesús González.


María Corina, que promoveu com López a estratégia da "Saída", que busca a renúncia de Maduro pela pressão das manifestações, foi destituída como deputada em março, pela Assembleia Nacional e o Supremo Tribunal de Justiça.


As manifestações na Venezuela começaram em San Cristóbal (oeste), em 4 de fevereiro, contra a insegurança, e se estenderam pelo país, somando reclamações contra a crise econômica, a repressão policial e a prisão de opositores.


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