Jornal Estado de Minas

EUA e Argélia se comprometem a lutar juntos contra o "terrorismo"

AFP

Estados Unidos e Argélia se comprometeram nesta quinta-feira a lutar em conjunto contra o "terrorismo", por ocasião da primeira visita a Argel do secretário de Estado americano, John Kerry.

"A Argélia, que pagou um preço alto pelo terrorismo, nunca se dobrará a esta praga", afirmou o ministro das Relações Exteriores argelino, Ramtan Lamamra.

"O terrorismo não conhece fronteiras, não tem fé nem lei.

E aponta contra todas as nações", completou.

A região do Sahel-Saara se transformou em campo de ação para os jihadistas desde a queda do regime líbio de Muamar Kadhafi em 2011.

Os jihadistas, como a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), ocuparam o norte de Mali em 2012 antes da expulsão pelos soldados franceses e africanos. Também há insurgentes em Níger, Tunísia e Argélia.

Kerry afirmou que a paz enfrenta "ameaças mais complexas que nunca" e destacou que uma das formas de lutar contra o terrorismo é gerar emprego e melhorar o sistema educativo.

Kerry também destacou que o governo dos Estados Unidos deseja trabalhar de forma coordenada com Argel para consolidar a relação e ajudar a garantir a segurança das fronteiras regionais.

A visita de Kerry acontece em plena campanha para a eleição presidencial de 17 abril, o que provocou muitas perguntas na imprensa argelina, que a considera um apoio ao presidente Abdelaziz Bouteflika.

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