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Estado de Minas

Biologia Sintética: cientistas produzem cromossomo artificial de levedura


postado em 27/03/2014 22:52

Cientistas conseguiram produzir um cromossomo artificial de levedura, um grande avanço no campo emergente da Biologia Sintética, que permitirá conceber novos fármacos, nutrientes e biocombustíveis, de acordo com o estudo divulgado nesta quinta-feira.

Até agora, os pesquisadores haviam conseguido fabricar cromossomos de bactérias e de DNA viral, de estrutura muito mais simples. Desta vez, foram necessários sete anos de trabalho de uma equipe internacional de cientistas para construir esse genoma e reunir 273.871 pares de bases de DNA de levedura. Esse total é inferior a seu equivalente natural, que tem exatamente 316.667.

Os pesquisadores fizeram várias alterações na base genética desse cromossomo, incluindo a eliminação de porções redundantes para a reprodução do cromossomo e seu crescimento.

"Nossa pesquisa tornou realidade a teoria da Biologia Sintética", disse Jef Boeke, diretor do Instituto de Sistemas Genéticos do Centro Médico Langone da Universidade de Nova York, que dirigiu a pesquisa publicada on-line na revista "Science".

Segundo ele, "esses trabalhos representam o maior passo de um esforço internacional para construir o genoma completo de levedura sintética".

Esse cromossomo eucariótico (uma estrutura que contém os genes no núcleo das células de todos os vegetais e animais), que experimentou mudanças sem precedentes, foi depois integrado às células vivas de levedura de cerveja.

Estas últimas se comportam de maneira normal, mas possuem novas propriedades que a levedura natural não tem, ressaltaram os pesquisadores, acrescentando que a levedura tem 16 cromossomos ao todo, enquanto o humano tem 23 pares.

"Fizemos mais de 50 mil mudanças no código DNA do cromossomo, e nossa levadura está viva, o que é notável", comemorou Boeke.

Agora, deverá ser possível desenvolver variedades sintéticas da levedura capazes de fabricar medicamentos raros, ou certas vacinas, entre elas a utilizada contra a hepatite B. As leveduras artificiais também poderão ser usadas para estimular o desenvolvimento de biocombustíveis mais eficazes.


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