O papa Francisco anunciou neste sábado os primeiros oito integrantes de uma comissão que vai aconselhá-lo sobre como lidar com casos de abuso sexual. O grupo reúne especialistas religiosos e leigos.
A iniciativa veio após o pontífice ter sido criticado por grupos de vítimas por ter supostamente negligenciado o escândalo sexual que manchou a reputação da Igreja e levou dioceses a arcar com bilhões de dólares em custos judiciais.
Em dezembro, o Vaticano anunciou que o papa havia decidido criar a comissão para orientar a Igreja sobre formas de proteger crianças, treinar funcionários e manter agressores sexuais afastados do clérigo.
Ainda não se sabe, no entanto, se a comissão será responsável pela sensível tarefa de disciplinar bispos que tenham encoberto criminosos sexuais.
O teólogo argentino Humberto Miguel Yáñez e outras sete pessoas, entre elas o arcebispo de Boston, Sean Patrick O'Malley, foram nomeados pelo Papa Francisco para integrar a comissão de especialistas para a proteção das crianças nas instituições da Igreja. Entre os nomes desta primeira lista estão o da ex-primeira-ministra polonesa Hanna Suchocka e o da irlandesa Marie Collins, vítima de abusos, segundo um comunicado do Vaticano.
"O principal objetivo dos integrantes será preparar os estatutos da comissão e definir suas competências e funções", diz o texto. Segundo o Vaticano, o Papa irá nomear mais pessoas para integrar a comissão.