Os atores políticos haitianos acertaram nesta quinta-feira a realização de eleições legislativas e municipais no dia 26 de outubro, com mais de dois anos de atraso, durante o encontro proposto pela conferência episcopal da Igreja Católica.
O acordo, alcançado graças à mediação do cardeal haitiano Chibly Langlois, prevê a organização de eleições para o Senado, Câmara dos Deputados e Câmaras Municipais.
O acordo entre os diversos partidos prevê ainda "o estabelecimento de um governo de abertura capaz de inspirar confiança e criar as condições necessárias para a realização de eleições livres, honestas e democráticas".
O governo do primeiro-ministro Laurent Lamothe tem o prazo de dez dias para abrir o gabinete ministerial aos partidos políticos que firmaram o acordo.
O pacto, que deve permitir ao Haiti sair da crise política gerada pelo adiamento das eleições legislativas e municipais previstas para 2011, não obteve o aval dos principais partidos da oposição, incluindo o grupo liderado pelo ex-presidente Jean-Bertrand Aristide.
A coalizão de partidos e organizações políticas MOPOD (Movimento de Oposição Democrática), liderada pela ex-candidata à presidência Myrlande Manigat, segue exigindo a demissão do presidente Michel Martelly e a realização de eleições gerais antes do final de 2014.