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Estado de Minas

EUA: Patrulha da Fronteira ordena contenção de disparos em imigrantes


postado em 07/03/2014 21:46

O diretor da Patrulha da Fronteira dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira novas diretrizes para limitar os casos de disparos contra imigrantes ilegais, depois de incidentes consecutivos que resultaram em mortes.

De acordo com o diretor do órgão, Michael Fisher, agora, se os agentes enfrentarem pedradas dos imigrantes, deverão buscar abrigo, em vez de retaliar com armas de fogo.

A nova normativa, disse Fisher, estabelece que "a força letal poderá ser aplicada apenas se o agente acreditar, com base em evidência, que existe risco iminente de morte, ou de lesão séria - do agente, ou de outra pessoa".

Ainda segundo as novas normas, os agentes também não poderão fazer disparos contra automóveis, quando seus ocupantes tentarem fugir da ação da patrulha da fronteira.

Fisher apresentou um boletim de quatro páginas com as novas determinações sobre o uso da força letal nas fronteiras.

Esse informe é resultado do trabalho de uma comissão especial que investigou denúncias sobre o uso de armas de fogo contra imigrantes.

A revisão das normas sobre o uso da força letal contra civis desarmados nas fronteiras foi ordenada diretamente pelo novo secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, que assumiu a pasta em dezembro passado.

De acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), desde 2010, foram registrados pelo menos 28 casos de imigrantes mortos a bala na fronteira com o México.

Entre 2010 e 2012, registraram-se 67 incidentes com disparos de armas de fogo - quase todos na fronteira com o México.

O último caso foi o do migrante mexicano Jesús Flores Cruz, que jogava pedras nos agentes da patrulha fronteiriça americana e foi abatido a tiros.

O relator especial da CIDH sobre Direitos dos Migrantes, o comissário Felipe González, disse que a entidade recebe constantes denúncias sobre uso excessivo da força e sobre o uso de armas de fogo na fronteira México-EUA.

A Comissão pediu às autoridades americanas "em nível estadual e federal que investigue de maneira séria, independente, efetiva e imparcial os fatos referentes à morte de Flores Cruz".


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