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Estado de Minas

Matteo Renzi, o impaciente novo chefe do governo italiano


postado em 21/02/2014 17:46

O novo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, é um jovem que tem pressa para chegar ao poder, inspirado no estilo de Tony Blair e Barack Obama.

Ele aceitou oficialmente nesta sexta-feira o cargo de primeiro-ministro italiano, depois de ter sido nomeado na segunda pelo presidente Giorgio Napolitano.

Praticamente desconhecido há um ano e meio, o prefeito de Florença é, aos 39 anos, o principal nome da política italiana, que tinha como projeto inicial "derrubar" os caciques de seu partido.

Líder do Partido Democrático (PD, centro-esquerda), ele conseguiu tirar de seu caminho dois pesos pesados, como o ex-primeiro-ministro Massimo D'Alema e o ex-prefeito de Roma Walter Veltroni.

E em 13 de fevereiro, obrigou Enrico Letta, ex-número dois do partido, a deixar o cargo de premiê, apenas dez dias depois de ter afirmado que o seu governo deveria durar 18 meses.

Presente nas redes sociais, este político local que nunca ocupou uma cadeira no Parlamento ou em uma pasta ministerial, goza de forte popularidade inversamente proporcional à desconfiança dos italianos em relação à classe política.

Eleito em 8 de dezembro para a liderança do PD - primeiro partido da maioria governamental - Renzi afirmou seu desejo de torná-lo "um partido mais ágil e inovador".

Os eleitores da esquerda desejavam uma mudança radical após a vitória apertada do ex-líder do partido, Pierluigi Bersani, nas eleições legislativas de fevereiro de 2013, que forçou a esquerda a se aliar com a direita para governar.

Dinâmico, ambicioso, com "fome de poder", segundo um acadêmico, Matteo Renzi é considerado um personagem "transversal", capaz de seduzir a direita, ao ponto de impressionar Silvio Berlusconi.

Criticado por apresentar um programa político sem contornos concretos (menos encargos para as empresas, menos gastos públicos, menos burocracia), Renzi se distingue principalmente pelo seu talento como orador.

Sem fortes marcas ideológicas, ele se inspira abertamente no modo de se apresentar do presidente americano Barack Obama, sempre com as mangas da camisa arregaçadas.

Visto regularmente em maratonas ou andando de bicicleta em sua cidade, ele adora usar uma jaqueta de couro que rendeu sátiras, mostrando-o como Fonzie, o herói da série americana "Happy Days".

Nascido em 11 janeiro de 1975, em Florença, este ex-escoteiro católico formado em Direito, entrou na política aos 19 anos, seguindo os passos de seu pai, um deputado local democrata-cristão.

Antes de entrar para a política, Matteo Renzi trabalhou para a empresa de serviços de marketing CHIL, que pertence a sua família, e obteve a maior parte de sua renda graças ao jornal de Florença, La Nazione.

O grande salto foi dado em 2001, quando ele se tornou o coordenador local do partido cristão de centro-esquerda La Margherita. Moderado, foi escolhido pela centro-esquerda para a eleição provincial de junho de 2004, vencida com 58,8% dos votos.

Em 2006, ele publicou um livro sobre sua experiência à frente da província de Florença, com o título "Entre De Gasperi (líder histórico da Democracia Cristã) e (a banda de rock) U2".

Durante seus cinco anos de mandato, já defendia a renovação política, ganhando popularidade com medidas de redução de impostos locais.

Mas foi durante a disputa pela Prefeitura de Florença que ele foi, de fato, notado. O PD tinha outro candidato, mas Renzi venceu surpreendentemente as primárias do partido em fevereiro de 2009, um prelúdio para a sua vitória no mês de junho.

Renzi é casado com uma ex-companheira do escotismo, Agnese, que é professora de italiano. Eles têm três filhos.


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