O presidente americano, Barack Obama, advertirá nesta terça-feira que tomará decisões por decreto, se o Congresso se negar a agir em favor da classe média - de acordo com trechos antecipados do discurso anual sobre o Estado da União.

Os Estados Unidos "não ficam parados, e eu tampouco. Assim, não importa onde e quando, poderei dar passos sem legislação para expandir as oportunidades para mais famílias americanas, e é o que eu vou fazer", dirá Obama, segundo os trechos do discurso divulgados pela Casa Branca.

O presidente também deve denunciar o crescimento das desigualdades nos últimos 30 anos nos EUA e reafirmar que a missão do governo é "reverter essas correntes".

Para isso, o presidente democrata apresentará uma série de propostas "concretas e práticas para acelerar o crescimento, fortalecer a classe média e construir novas escadas" de ascensão para a classe média, segundo as mesmas fontes.

Algumas dessas medidas, "vão exigir uma ação do Congresso, e estou entusiasmado de trabalhar com todos vocês", afirmará Obama, diante dos legisladores.

Depois de ver importantes tópicos de sua agenda bloqueados pela maioria republicana na Câmara de Representantes no ano que passou, o presidente garantirá que não hesitará em agir.

"Hoje em dia, depois de quatro anos de crescimento econômico, os lucros das empresas e os preços das ações não poderiam ser mais altos, e os que estão por cima não poderiam estar melhor", completa a nota divulgada antes do discurso previsto para as 21h desta terça (meia-noite de quarta-feira em Brasília).

"A desigualdade se aprofundou. A mobilidade ascendente se estancou", observará Obama.

O presidente fará seu discurso no início do segundo ano de seu segundo e último mandato, em meio a uma acentuada queda de popularidade.