Jornal Estado de Minas

As frases memoráveis de Mandela

AFP

Nelson Mandela seduzia plateias com sua inteligência e, em seguida, as arrebatava com suas observações. Segue abaixo uma seleção de algumas de suas frases mais memoráveis:

"Nenhum poder na Terra é capaz de deter um povo oprimido, determinado a conquistar sua liberdade", junho de 1961.

"Eu lutei contra a dominação branca, e eu lutei contra a dominação negra. Eu nutri o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal que espero viver para alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer", no julgamento por traição em abril de 1964, em Rivonia, quando foi confrontado com a possibilidade de ser condenado à morte.

"Eu me coloco aqui, diante de vocês, não como um profeta, mas como um humilde servo de vocês, o povo", ao ser libertado da prisão, em fevereiro de 1990.

"Que nunca, nunca, nunca mais esta bela terra experimente novamente a opressão de um pelo outro e sofra a indignidade de ser a escória do mundo. Que a liberdade reine" - discurso de posse como presidente, em maio de 1994.

"O prêmio foi um tributo a todos os sul-africanos e especialmente àqueles que lutaram; Eu aceitarei em nome deles", ao receber o Prêmio Nobel da Paz em dezembro de 1994.

"Tarde na vida, estou desabrochando como uma flor por causa do amor e do apoio que ela me dá", ao se casar com Graça Machel, em julho de 1998, aos 80 anos.

"Eu me retiro com a consciência tranquila, sentindo que cumpri meu dever, de alguma forma, com meu povo e meu país", ao deixar a presidência, em maio de 1999.

"Pelo menos podemos ficar bêbados... Da próxima vez, vamos vencer", em junho de 2000, depois que a Alemanha eliminou a África do Sul da disputa para sediar a Copa do Mundo de 2006.

"Meus chefes sempre disseram que eu tive 27 anos na prisão para vadiar. Agora é hora de correr atrás", sobre a vida na aposentadoria em novembro de 2000.

"Uma questão que me preocupava profundamente na prisão era a falsa imagem que eu projetei involuntariamente para o mundo exterior; de ser visto como um santo", declaração em seu último livro, "Conversations with Myself" (em tradução livre, "Conversas comigo mesmo"), de 2010.

"A ameaça da morte não evocou em mim o desejo de fazer o papel de mártir. Estava pronto para fazê-lo caso precisasse. Mas a ansiedade de viver sempre prevaleceu", sobre o risco da execução, em "Conversations with Myself".

"Nossa pretensão é de uma sociedade não racial... Estamos lutando por uma sociedade em que o povo deixará de pensar em termos de cor... Não é uma questão de raça; é uma questão de ideias" - trecho do livro.

"O que condeno é que uma potência, com um presidente sem visão, incapaz de pensar de forma adequada, agora quer mergulhar o mundo em um Holocausto", sobre o então presidente americano, George W. Bush, na escalada prévia à guerra no Iraque, em janeiro de 2003.

"Deveríamos levar a sério nossas próprias experiências e desempenho. Em um mundo cínico, nós nos tornamos inspiração para muitos" - último discurso no Parlamento, em maio de 2004.

"Posso assegurar que estamos prontos, somos capazes, desejosos e capazes, assim como apaixonados em sediar a Copa do Mundo" - em maio de 2004, sobre a campanha bem-sucedida da África do Sul para sediar a Copa de 2010.

"A Aids é um grande problema a ser enfrentado pelo mundo todo. Lidar com ele requer recursos muito além da capacidade de um continente. Um único país não tem a capacidade de lidar com ele" - em seu livro, "Conversations with Myself".

"O ANC (n.r: sigla em inglês para Congresso Nacional Africano) tem a responsabilidade histórica de liderar nossa nação e ajudar a construir uma sociedade unida não racial", dirigindo-se a simpatizantes do ANC em uma mensagem pré-gravada antes das eleições de abril de 2009.