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Estado de Minas

Republicanos e democratas avançam nas negociações para evitar calote


postado em 10/10/2013 23:04

A Casa Branca e os republicanos continuarão negociando nesta quinta-feira à noite para tentar evitar que a paralisia do governo federal leve a um catastrófico e inédito calote.

No final de uma reunião de mais de uma hora entre o presidente Barack Obama e 20 congressistas republicanos, o líder da maioria republicana na Câmara de Representantes, Eric Cantor, insinuou que há uma saída no horizonte, após dez dias sem negociações.

"Nossas equipes vão continuar conversando esta noite. Teremos mais discussões. O presidente disse que consultará seu governo, e eu espero que possamos entrever uma forma de avançar", afirmou Cantor.

Líderes republicanos propuseram adiar por várias semanas o vencimento do prazo da dívida - uma solução temporária que busca evitar que os EUA caiam em default. O presidente Obama se mostrou feliz, mas deixou claro que prefere uma solução de longo prazo.

O plano foi apresentado a Obama nesta quinta-feira, mas "não se tomou qualquer decisão definitiva", de acordo com Brendan Buck, porta-voz do presidente da Câmara, John Boehner. Buck comemorou a reunião, que teria sido uma "conversa útil e produtiva".

Já a Casa Branca se referiu à reunião em termos mais neutros: "após uma discussão sobre as possíveis maneiras de avançar, não se escolheu nenhuma opção específica".

"O presidente espera continuar fazendo progressos com os membros dos dois partidos" - democratas e republicanos, destacou a Casa Branca.

Anteriormente, Boehner havia anunciado que seria organizada uma votação para elevar o limite legal da dívida de forma "temporária". Se não for autorizado um novo teto de endividamento do Estado federal, os EUA entram em default em 17 de outubro.

-- Os mercados se animam --

Em troca, os republicanos querem negociações sobre o orçamento e sobre uma reforma dos programas sociais, entre eles o sistema de aposentadoria.

"O presidente está feliz que um apaziguamento finalmente parece reinar na Câmara e que, ali pelo menos, parecem reconhecer que a suspensão de pagamentos não é uma alternativa", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney, pouco antes da reunião.

A proposta não suspenderia, porém, a paralisação que afeta a maioria das agências do governo. Antes de iniciar as negociações, Obama exigiu o fim dessa paralisação.

Segundo vários congressistas, essa prorrogação seria de seis semanas, adiando para 22 de novembro o limite para o Congresso aprovar um aumento do teto da dívida.

Depois do anúncio, os mercados reagiram positivamente. Os principais índices de Wall Street subiram mais de 2%.

Nesta quinta de manhã, o secretário do Tesouro americano, Jacob Lew, advertiu que uma extensão do bloqueio orçamentário até o último minuto pode ser "muito perigoso".

O limite da dívida, de US$ 16,7 trilhões, foi atingido em maio. Por meio de medidas "extraordinárias", o Tesouro conseguiu ampliar a capacidade de obtenção de empréstimo dos EUA. O secretário já anunciou que, após 17 de outubro, não será mais possível obter recursos.

Cerca de 900 mil funcionários públicos federais estão de licença não remunerada desde 1º de outubro, porque o Congresso não chegou a um acordo para a aprovação do orçamento para o ano fiscal 2013-2014.

Em uma conferência em Nova York, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, disse que "existe a certeza de que se encontrará um acordo".


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