As declarações de Idris foram levadas ao ar por canais de televisão pan-árabes antes do encontro em Genebra entre o secretário de Estado norte-americano John Kerry e o ministro de Relações Exteriores russo Sergey Lavrov, que discutirão a proposta.
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EUA pedem a Síria que revele rapidamente arsenal químicoSoldados da Síria perseguem rebeldes em vilã cristãRebeldes criticam plano russo para armas químicas para a SíriaEUA e Rússia discutem plano de destruição de armas químicas sírias"Apelamos à comunidade internacional, não apenas para a retirada dar armas químicas, que foram a ferramenta para o crime, mas para responsabilizar aqueles que cometeram o crime perante o Tribunal Penal Internacional", afirmou Idris.
Ele acrescento que o Exército Livre Sírio "rejeita categoricamente a iniciativa russa" e a considera aquém das expectativas dos combatentes rebeldes.
Os Estados Unidos acusam o governo de Assad de ter realizado o ataque de agosto que, segundo o governo de Barack Obama, matou 1.429 pessoas. Outras estimativas indicam um número menor de vítimas.
Assad nega ter responsabilidade pelo que ocorreu e acusa o governo Obama de espalhar mentiras e não apresentar provas para suas acusações.
A proposta russa conseguiu, pelo menos por enquanto, evitar a ameaça de uma ação militar norte-americana contra a Síria. Muitos rebeldes esperavam que a realização de ataques contra as forças de Assad seria favorável a eles.
O vice-primeiro-ministro sírio, Qadri Jamil, disse nesta quinta-feira que a proposta russa só vai dar certo se os Estados Unidos e seus aliados prometerem não atacar a Síria no futuro.
"Nós queremos a promessa de que nem os Estados Unidos nem qualquer outro país serão agressivos contra a Síria", disse Jamil à Associated Press, em Damasco, nem explicar o que quis dizer. A declaração foi feita quando ele respondia uma pergunta sobre suas expectativas em relação à reunião desta quinta-feira entre Kerry e Lavrov.
Kerry e um grupo de especialistas norte-americanos farão uma reunião de pelo menos dois dias com representantes russos em Genebra. Eles esperam chegar a um acordo sobre como o estoque de armas químicas e materiais precursores - de cerca de 1.000 toneladas - pode ser listado, isolado e colocado sob controle internacional numa zona de guerra e, posteriormente, destruído. Fonte: Associated Press.