Porém, os peritos avisam que vão manter as investigações para verificar que produtos foram usados nos ataques químicos. "Baseado nos elementos de prova atualmente disponíveis, não foi possível chegar a uma conclusão quanto aos agentes químicos utilizados, o seu sistema de propagação ou os autores desses atos. As investigações prosseguem", diz o texto.
O relatório critica a ação tanto do governo quanto da oposição na Síria. "As forças governamentais continuam os ataques em larga escala contra as populações civis, cometendo mortes, torturas, violações e desaparecimentos forçados, considerados crimes contra a humanidade", acrescenta o texto da comissão.
Liderada pelo jurista brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, a comissão denuncia igualmente que "as forças antigovernamentais cometeram crimes de guerra, mortes, execuções sumárias, torturas e sequestros". Segundo os peritos, as forças de Assad recuperaram nos últimos meses o controlo de zonas cruciais na Síria.
A divulgação do relatório ocorre às vésperas da reunião de integrantes dos governos dos Estados Unidos e da Rússia, em Genebra (Suíça), para tentar um acordo sobre o acesso às armas químicas por parte da comunidade civil.