Os Estados Unidos pediram nesta sexta-feira ao Egito que não se recorra à "força letal" contra manifestantes pacíficos, em plena escalada da violência neste país, onde as forças de segurança receberam luz verde para disparar contra as pessoas que protestam. “Dissemos claramente que os egípcios têm o direito universal de se reunir e expressar livremente, inclusive durante manifestações pacíficas", escreveu a porta-voz do departamento de Estado Jennifer Psaki.
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A Irmandade Muçulmana, confraria da qual Mursi é proveniente, convocou uma "sexta-feira da ira" com novas manifestações no Cairo após as mortes de quase 600 pessoas na repressão registrada nos últimos dias. A comunidade internacional teme outro dia de violência no país, onde na quarta-feira a violenta desocupação de dois acampamentos de simpatizantes do presidente islamita Mohamed Mursi, derrubado pelo exército em 3 de julho, e os posteriores confrontos deixaram 578 mortos, segundo o ministério da Saúde.