Jornal Estado de Minas

Jovem luta pela vida após ser infectada por ameba "comedora de cérebro" em lago

Uma adolescente americana corre o risco de perder a vida para uma rara bactéria carnívora. Kali Hardig, que tem 12 anos e mora em Little Rock, Arkansas, foi infectada pela ameba Naegleria fowleri enquanto nadava em um parque aquático da cidade.



Segundo o canal notícias ABC News, Kali foi internada em um hospital local um dia depois da ida ao parque, com o diagnóstico de Meningoencefalite amebiana primária (MAP), doença transmitida pelo parasita que causa a deterioração do tecido cerebral.

“Não consegui diminuir a sua febre. Ela começou a vomitar e disse que sua cabeça doía muito”, descreveu Traci, mãe de Kali, em entrevista ao Christian Post. “Ela chorava, olhava para mim e seus olhos reviravam”. Entre os sintomas da doença estão fortes enxaquecas, alterações no olfato e paladar, febre e náuseas. Em estágio avançado, a síndrome pode causar confusão e até mesmo coma.

Este é o caso de Kali Hardig, que foi colocada em um estado induzido de coma pela equipe do Hospital Infantil de Little Rock, onde está internada. Em resposta à infecção da jovem, o Departamento de Saúde do Arkansas emitiu um comunicado tranquilizando à população quanto à doença, que não é transmitida entre humanos.



De acordo com o órgão, este é o segundo caso de infecção por Naegleria fowleri originado no Parque Aquático de Willow Springs. O primeiro caso foi identificado em 2010, e maiores detalhes sobre o incidente não foram divulgados. “Enquanto infecções por Naegleria podem ocorrer em qualquer lugar, elas são mais comuns no Sul dos Estados Unidos. De 2003 a 2012, apenas 31 casos foram registrados no país. Este é o sexto caso no Arkansas em 40 anos”, explicou o Departamento de Saúde.

Como consequência, o parque foi fechado por tempo indeterminado. “Para as milhares de pessoas que amam Willow Springs, estaremos aproveitando este período para determinar a viabilidade de se instalar um fundo sólido ao lago. Nunca mais abriremos como um lago de solo arenoso”, informou em nota Lou Ann Ratiff, gerente do local.

As chances de sobrevivência de Kali são remotas, uma vez que a infecção causada pela ameba é geralmente fatal. Nos EUA há apenas dois casos de pessoas que sobreviveram à Meningoencefalite amebiana primária, segundo o Centro de Controle de Doenças americano.