Jornal Estado de Minas

Pesquisa revela que comportamento de risco na web começa na infância

AFP

Crianças australianas acessam sites de redes sociais cada vez mais precocemente, revela uma nova pesquisa, segundo a qual uma em cada cinco admite ter conversado na internet com alguém a quem não conhecem.

O relatório "Crianças, adolescentes e tecnologia" (Tweens, Teens and Technology), de autoria da empresa de segurança digital McAfee, demonstra que as crianças entre 8 e 12 anos usam a tecnologia mais rapidamente que o esperado e que 67% acessam redes sociais.

Apesar de a idade permitida para acessar o Facebook ser 13 anos, uma em cada quatro crianças (26%) mais jovens admitem ter usado o site, embora 95% tenham afirmado que tiveram a autorização dos pais.

O site mais popular entre crianças entre 8 e 12 anos é o Skype (utilizado por 28%), mas as crianças também usam o Instagram, segundo a pesquisa feita com 500 jovens de uma amostra geograficamente representativa da população conectada da Austrália.

Enquanto o estudo revelou que uma em cada cinco crianças dessa faixa etária (19%) disse ter conversado na internet com alguém a quem não conhecia, apenas 7% declarou ter compartilhado informações pessoais.

O ministro das Comunicações da Austrália, Stephen Conroy, manifestou sua preocupação com o fato de crianças conversarem com estranhos na internet.

"Isto mostra que precisamos nos manter vigilantes às ameaças online", declarou.

Os estudos sugerem que a idade com que as crianças usam as redes sociais pela primeira vez está caindo, uma vez que uma pesquisa realizada em 2012 pela McAfee mostrou que a idade média com que os adolescentes criam sua primeira conta em redes sociais variava entre os 13 e os 17 anos.

Em média, as crianças de 8 a 12 anos utilizam três ou quatro dispositivos com conexão à internet e 66% preferem telefones celulares e/ou tablets para entrar na rede. Cinquenta e quatro por cento disseram usar um tablet mais de uma hora por dia.

A maior parte das crianças dessa faixa usa esses equipamentos para acessar a internet e, em média, passa 1,5 hora por dia na web, continuou a pesquisa.

"Os pais e as escolas são encorajados a manter um monitoramento estreito sobre o comportamento online de seus filhos para assegurar que tenham experiências online seguras", afirmou Andrew Littleproud, presidente da McAfee na região Ásia-Pacífico.

"Trabalhando estreitamente com psicólogos infantis, nós observamos que os comportamentos online se fortalecem neste grupo etário. Portanto, uma educação proativa é fundamental na faixa entre os oito e os doze anos", concluiu.