Um terrorista suicida matou nove pessoas e feriu dezenas em um ato eleitoral na cidade paquistanesa de Peshawar (noroeste) nesta terça-feira, indicaram autoridades.

Os talibãs assumiram a autoria deste que foi o quarto ataque contra políticos em três dias, no momento em que o país se prepara para realizar eleições históricas no dia 11 de maio.

O líder do Partido Nacional Awami (ANP, em inglês), Ghulam Ahmed Bilour, que foi ministro das Ferrovias do atual governo, escapou do atentado com cortes e queimaduras. Imagens do ex-ministro com a roupa ensanguentada foram exibidas por redes de televisão.

"Pelo menos nove pessoas morreram e outras 53 ficaram feridas no ataque suicida," indicou à AFP o oficial da Polícia, Faisal Murad.

Ghulam, irmão do último líder do ANP, Bashir Bilour, assassinado pelo Talibã no ano passado, tornou-se um dos aliados dos insurgentes depois de ter oferecido uma recompensa de US$100.000 pela morte do diretor de um filme americano ofensivo ao Islã no ano passado.

O Talibã assumiu rapidamente a autoria do atentado, mas pediu desculpas por ter ferido Bilour, indicando que o alvo era seu sobrinho, Haroon.

"Pedimos desculpas a Ghulam Bilour porque havíamos anunciado uma anistia para ele", disse à AFP o porta-voz dos talibãs, Ehsanullah Ehsan.

O Talibã ataca regularmente o ANP e seus parceiros de coalizão, o Partido do Povo do Paquistão e o Movimento Muttahida Qaumi, considerados seculares.

Mais de seis quilos de explosivos foram usados no atentado, indicaram oficiais.