A comissão eleitoral paquistanesa rejeitou a candidatura do ex-presidente Pervez Musharraf nas eleições legislativas de 11 de maio.

Musharraf foi chefe de Estado do Paquistão do golpe de Estado em 1999 até se demitir em 2008. No mês passado, voltou ao país depois de passar quatro anos no exílio, com o objetivo de disputar as eleições.

A candidatura do ex-general foi rejeitada em três distritos locais, mas aceita em Chitral, uma pequena cidade do norte do país.

No entanto, seus opositores impugnaram a aprovação de sua candidatura em Chitral e recorreram à Suprema Corte de Peshawar, a grande cidade do norte do país. "Vamos interpor um recurso", afirmou Ahmed Raza Kasuri, advogado do ex-presidente.

O general Musharraf, que desde que voltou ao país está sob ameaças de morte dos talibãs, é acusado por suposto envolvimento no assassinato do chefe separatista da província do Baluchistão, Akbar Bugti, em 2006 e no da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto em 2007, assim como na destruição ilegal de magistrados nesse mesmo ano.

Alguns advogados tentam convencer a Suprema Corte a julgá-lo por alta traição por ter imposto o estado de exceção em 2007.