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Estado de Minas

Transparência Internacional denuncia que corrupção prejudica Eurozona

Brasil aparece em 69ª posição no ranking


postado em 05/12/2012 08:52 / atualizado em 05/12/2012 08:05

A corrupção continua fazendo estragos no mundo e prejudica, em particular, os países mais atingidos pela crise na Eurozona, como Grécia e Itália, cuja classificação na lista se deteriora, indica a Transparência Internacional em seu relatório anual publicado nesta quarta-feira.

Na América Latina, os países mais virtuosos são Chile e Uruguai, que compartilham a 20ª posição com uma nota de 70 pontos em 100, e o mais corrupto é a Venezuela, situado na 165ª posição com 19 pontos, na frente apenas de Iraque, Uzbequistão, Somália e Afeganistão.

A Transparência Internacional constata que "a corrupção continua fazendo estragos nas sociedades em todo o mundo" e aponta expressamente para os países mais afetados da Eurozona pela crise econômica e financeira, pelo nível "decepcionante" de corrupção, segundo o comunicado.

A Transparência Internacional analisa a corrupção em 174 países e lhes concede uma nota que vai de 0 a 100, dependendo da percepção de corrupção. Na Europa, neste ano, Itália e Grécia aparecem, respectivamente, nas posições 72 e 94 da lista, com 42 e 36 pontos, três e 14 posições a menos que no relatório anterior da Transparência.


O nível de percepção da corrupção na Itália é similar ao da Tunísia (41 pontos), enquanto o da Grécia é igual ao da Colômbia. Entre os países afetados pela crise da dívida, Irlanda (25ª), Espanha (30ª) e Portugal (33ª) obtêm resultados superiores a 60.

Menos afetados pela crise, Alemanha e França estão classificados na 13ª e 22ª posição, respectivamente, com notas superiores a 70.

Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia compartilham o primeiro lugar de países mais virtuosos, com resultados de 90 pontos. Japão e Reino Unido aparecem na 17ª posição, na frente dos Estados Unidos (19ª). Os resultados da maioria dos países da "primavera árabe" são inferiores ou levemente superiores a 40. Afeganistão, Coreia do Norte e Somália compartilham a última posição com notas de 8 pontos.

A Rússia (133ª), com uma nota de 28, continua sendo um dos países mais corruptos do mundo, segundo a Transparência, mas voltou a melhorar sua posição, subindo 10 posições desde o último relatório. Para realizar esta lista, que reflete apenas a percepção da corrupção, a ONG se baseia em dados recolhidos por 13 instituições internacionais, entre elas o Banco Mundial, os bancos asiático e africano de desenvolvimento ou o Fórum Econômico Mundial.

Brasil ocupa 69ª posição em ranking

O Brasil aparece em 69ª posição no ranking. Na América Latina, o país fica atrás apenas do Chile e do Uruguai, que estão na 20ª posição. Compartilham o topo da lista, com menos casos de corrupção, a Dinamarca, a Suécia e a Nova Zelândia.

A presidente da Transparency Internacional, Huguette Labelle, defendeu a integração de ações governamentais em busca do combate à corrupção além da concessão de mais espaço para a sociedade participar dos debates. Segundo ela, é fundamental estabelecer regras para o lobby e o financiamento para campanhas políticas, além da definição de normas transparentes para a contratação de serviços públicos.

Labelle disse ainda que a intenção do estudo é incentivar os governos a tomar uma decisão “mais dura contra o abuso de poder”. De acordo com ela, os casos considerados mais graves estão no Oriente Médio e na África, pois, em geral, os números indicam que houve uma estagnação e até retrocesso em algumas situações.

 

O diretor da Transparência Internacional, Corbus de Swardt, disse que as principais economias do mundo devem dar exemplo de lisura, verificando a atuação das instituições públicas e cobrando responsabilidade dos gestores e líderes. “Isso é crucial. As instituições têm um papel significativo na prevenção da corrupção", disse.

Os países que estão em confrontos internos, como a Síria e o Egito, também aparecem entre os apontados com graves problemas de corrupção. A Síria ocupa a posição de 144 e o Egito a de 118. O estudo completo está disponível no site da Transparência Internacional.

Com Agências


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