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Estado de Minas EGITO

Multidão cerca palácio de Mursi


postado em 05/12/2012 00:12 / atualizado em 05/12/2012 07:33

Centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas do Egito em mais um dia de protestos da oposição. Militantes se reuniram em frente ao palácio presidencial, enquanto outro grupo permaneceu na Praça Tahrir, no Centro do Cairo, dominada por manifestantes há quase duas semanas. A oposição chamou o ato de "último aviso" e pediu a revogação imediata do decreto que aumenta a concentração dos poderes do presidente Mohamed Morsi, além do cancelamento do referendo sobre a nova Constituição. . Em Alexandria, segunda maior cidade do país, cerca de 10 mil pessoas também participaram de uma manifestação contra o presidente e seu movimento político, a Irmandade Muçulmana.

Pelo menos 18 pessoas precisaram de cuidados médicos depois de choques com a polícia, mas ninguém ficou gravemente ferido, segundo a agência de notícias estatal. Manifestantes cortaram uma cerca de arame que protegia o palácio e tentaram avançar em direção ao prédio. As forças de segurança tentaram conter os opositores com bombas de gás lacrimogêneo. Dezenas de ativistas também se concentraram diante da casa de Morsi, mas não ultrapassaram a barreira montada pela polícia.

O chefe da Assembleia Constituinte, Hossam Al-Gheriany, confirmou ontem que o presidente estuda suspender os artigos mais controversos da declaração constitucional. O anúncio veio depois de inúmeros protestos e da condenação de dois artigos pelo Conselho Nacional para os Direitos Humanos. A Corte Administrativa de Justiça, que começou a analisar os pedidos para o cancelamento do decreto e do referendo, precisou postergar a decisão, depois que militantes a favor do presidente impediram os trabalhos com cantos e gritos. "Seria esperar demais que o Egito migrasse de uma forma muito natural para uma democracia moderna e aberta. O que vemos é uma disputa interna pelo poder", explica José Sombra Saraiva, professor de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB).


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