A crise entre israelenses e palestinos ganhará mais um elemento na próxima semana, quando a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) discutirá a concessão do status de Estado observador para a Palestina. Segundo diplomatas, a mudança de status é o estímulo necessário para levar adiante a discussão sobre a criação do Estado independente da Palestina. Os debates estão marcados para os próximos dias 29 e 30.
Nos últimos anos, os palestinos intensificaram a campanha para obtenção do status de Estado observador da ONU, como ocorre com o Vaticano, mas a proposta enfrenta resistência das delegações de Israel e dos Estados Unidos. Em meio às recentes tensões, os palestinos redobraram os esforços para conquistar votos entre os europeus que estão divididos.
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Dilma diz que fim da violência entre Israel e Palestina é fundamental para a paz no mundoAbbas confirma demanda palestina na ONU para 29 de novembroPalestina pedirá em novembro condição de Estado não-membro da ONUONU discutirá status de observador para PalestinaPara Melantonio Neto, o chamado Quarteto (Rússia, China, Estados Unidos e União Europeia), designado como mediador do processo de paz no Oriente Médio, mostrou sua “inoperância” não só com a crise recente na região da Faixa de Gaza, envolvendo israelenses e o Hamas, movimento de resistência islâmica que controla parte da área, como também na Síria, que há 20 meses está em clima de guerra.
“A crise mostrou isso, como o Quarteto é inoperante e a própria Liga Árabe defende a ampliação dos mediadores”, disse à Agência Brasil o embaixador. “O Brasil tem espaço para isso porque não sofre as restrições que outros países têm entre palestinos e israelenses.”
Em relação à defesa da concessão do status de Estado observador para a Palestina e a criação de um Estado autônomo, o embaixador esclareceu que “essa não é uma posição nova do Brasil. É uma posição histórica.