A Câmara de Minas, a patronal do setor, propôs na terça-feira à noite uma série de prêmios e promoções que o NUM aceitou apresentar aos grevistas, mas que estes recusaram.
Em Rustenburgo (norte) nesta quinta-feira um homem morreu queimado e outro baleado próximo a uma mina de platina da Anglo American Platinum (Amplats), informou a polícia.
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Dois mortos em manifestação de mineiros na África do SulTrabalhadores de minas de ouro sul-africanos em greve assinarão acordoVídeo de morte de mineiros sul-africanos choca famíliasTrabalhadores interrompem trabalho na mina sul-africana de Marikana"A polícia encontrou vários metros à frente um homem que foi queimado. Ainda estava vivo, mas morreu no local", explicou.
"Detivemos 40 pessoas por violência pública", concluiu o porta-voz da polícia, acrescentando que era muito cedo para identificar as vítimas.
Outro grupo foi dispersado nos arredores de uma mina, informou.
A Amplats anunciou na sexta-feira a demissão de 12.000 mineiros (mais de 40% de seus efetivos) em Rustenburgo, onde suas operações estão praticamente paralisadas por uma greve não-autorizada que começou no dia 12 de setembro.
Os mineiros não acatam a autoridade do Sindicato Nacional de Mineiros (NUM, majoritário), que consideram demasiado brando e reivindicam consideráveis aumentos salariais.
Quatro das cinco minas de Rustenburgo estão paralisadas e os mineiros buscam o fechamento da quinta.
O conflito da Amplats deixou, pelo menos, quatro mortos (nove, segundo o NUM). Os conflitos sociais nas minas já causou a morte de mais de 50 mortos desde o começo de agosto.
A África do Sul vive há dois meses uma onda de greves não-autorizadas que começou de forma sangrenta na mina de platina de Marikana, antes de se estender a toda região mineradora de Rustenburgo, em minas de ouro e, em menor medida, a minas de cromo e de carvão.