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EUA aprovam teste caseiro de HIV OMS, Unicef e ONU Aids destacam avanços extraordinários sobre o HIVAids: recorde de 34 milhões de portadores do HIVForte analgésico usado como entorpecente faz vítimas no CanadáA decisão revê outra anterior adotada pela mesma corte em 1998, segundo a qual os indivíduos tinham a obrigação de revelar serem soropositivos antes de manter relações sexuais em que presumisse haver um "risco grande" de transmissão.
A desobediência implicava em sofrer a acusação de abuso sexual com agravantes, que poderia resultar em uma pena de prisão perpétua.
Autoridades de saúde argumentaram que a lei estigmatizava as pessoas infectadas com HIV/Aids, e ao rever a antiga norma, a máxima instância judicial canadense reconheceu a existência de avanços médicos que possibilitam lidar com o vírus com mais eficácia do que antes.
"O HIV é inquestionavelmente sério e traz risco de vida", admitiu a corte. "Embora possa ser controlado com medicação, o HIV permanece uma infecção crônica e incurável que, se não for tratada, pode levar à morte", acrescentou.
"Não revelar (o HIV) equivale a cometer fraude quando o demandante considerar que não teria consentido (a relação) se tivesse sabido que o acusado era soropositivo", destacou.
Contudo, concluiu, se a pessoa submetida a tratamento com medicamentos antirretrovirais tiver baixa carga viral no momento da relação e usar preservativo, o risco de transmissão e os danos ao corpo diminuem significativamente.
A Justiça considerou dois casos em sua decisão: a absolvição de uma mulher de Quebec por abuso sexual com agravante por fazer sexo enquanto sua carga viral era indetectável e restaurar a culpa de um homem de Winnipeg por manter relações sem preservativo com outros quatro homens e sem revelar que era soropositivo.