"Façamos da expulsão das embaixadas e dos consulados uma etapa da libertação das terras árabes da hegemonia e da arrogância americanas", diz a AQPA em um comunicado na Internet monitorado pela rede de vigilância SITE.
Diante dos ataques contra seus interesses, os Estados Unidos estão enviando forças militares à região e o secretário da Defesa, Leon Panetta, destacou que o país deve "estar preparado para a hipótese de as manifestações" saírem do controle.
Washington anunciou o envio de 100 fuzileiros navais à Líbia, onde o embaixador Chris Stevens e outros três funcionários morreram no ataque ao consulado em Benghazi, na terça-feira passada.
No Iêmen, quatro manifestantes morreram na quinta-feira durante um protesto diante da embaixada americana, mas o Parlamento iemenita rejeitou neste sábado a presença de militares americanos em seu território.
Washington planejava ainda o envio de 50 fuzileiros navais a Cartum, mas o Sudão também rejeitou o pedido americano.
O filme "Innoncence of Muslims" (Inocência dos Muçulmanos), que mostra o profeta Maomé como imoral e brutal, provocou violentos protestos diante das representações diplomáticas dos Estados Unidos no Cairo e em Benghazi, que depois se espalharam a outros países.
Na sexta-feira, os protestos sacudiram Iraque, Irã, Iêmen, Egito, Síria, Marrocos, Argélia, Tunísia, Sudão e Líbano, além de vários países muçulmanos na Ásia, deixando ao menos onze manifestantes mortos.
Nesta sábado, não houve qualquer manifestação importante nas capitais árabes, e os protestos mais significativos ocorreram na Indonésia e na Austrália.